São Paulo, segunda-feira, 4 de agosto de 1997
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Primeira tarefa será traçar perfil da polícia

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Uma das primeiras tarefas da Secretaria Nacional de Modernização das Polícias do Ministério da Justiça será traçar o perfil das polícias brasileiras. Para isso, cada unidade terá de responder a um questionário formulado pelo ministério.
A criação da secretaria é uma das propostas que o grupo de trabalho sobre e estrutura das polícias do Ministério da Justiça apresenta hoje ao governo.
O grupo é presidido pelo secretário nacional de Direitos Humanos, José Gregori.
Um comitê com representantes do governo, das polícias e da sociedade civil, ligado à nova secretaria, vai controlar e avaliar os dados que serão recolhidos pela pesquisa.
Consta do levantamento perguntas sobre os salários pagos aos soldados e oficiais, a dotação orçamentária de cada polícia, o equipamento usado, a fiscalização sobre o trabalho policial e os tipos de crime que acontecem nos Estados.
"A gente sabe que existem distorções (salariais), causa do rompimento da hierarquia (nas polícias). Agora, não se tem dados precisos sobre a situação em todo o país", afirmou José Gregori.
Proibição de greves
O grupo vai apresentar outras propostas ao governo, em reunião hoje com o ministro da Justiça, Iris Rezende.
Entre eles, a proibição de greves na polícia, criação de ouvidorias independentes, inclusão da cadeira de Direitos Humanos na formação do policial e criação de financiamentos para policiais adquirirem casa própria. Pelo projeto, será também proibida a participação de associações policiais em campanhas políticas.
Encontro
O presidente Fernando Henrique Cardoso se reuniu ontem com um dos membros do grupo de trabalho sobre as polícias, o ex-secretário de Segurança do Distrito Federal João Brochado. O senador José Roberto Arruda (PSDB-DF) também esteve no encontro.
Na reunião, foram discutidas as propostas para as polícias. Esses projetos e a reforma administrativa -que permite aos governadores controlarem melhor seus gastos com pessoal- serão a prioridade do governo no Congresso.

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