São Paulo, segunda-feira, 4 de agosto de 1997 |
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Privatização traz lucros
VANESSA ADACHI
A Light, vendida em maio do ano passado pelo seu preço mínimo para o consórcio liderado pela francesa Electricité de France (EDF), deve praticamente dobrar o seu resultado este ano. Segundo estimativas do Bozano, Simonsen, o lucro em 97 deve chegar a R$ 340 milhões, enquanto o do ano passado foi de R$ 172,3 milhões. Desde maio de 96, a Light já cortou cerca de 40% do seu pessoal e está com 6,7 mil funcionários. A perda de energia, que era de 18%, está em 16% e tende a melhorar. A Cerj, do Rio de Janeiro, foi vendida no final de 96 e, inesperadamente, reverteu seu prejuízo já no início deste ano, com um pequeno lucro de R$ 13,9 milhões no primeiro trimestre. O quadro de funcionários foi reduzido em 40% e a perda de energia deve cair de 30% para 26% este ano. Sem dúvida, também há muito trabalho esperando pelos novos controladores da elétrica baiana. O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e a Eletrobrás já vinham colocando a casa em ordem há quase um ano. No primeiro trimestre deste ano, a Coelba registrou o primeiro resultado positivo após anos de prejuízo. Foram R$ 4,4 milhões de lucro, contra uma perda de R$ 227,4 milhões no primeiro trimestre de 96. Também houve um profundo corte de pessoal. De 6,6 mil funcionários em 95, hoje a Coelba tem 4,7 mil. "Há espaço para reduzir ainda mais", diz Sérvulo Lima, analista do Bozano, Simonsen. Texto Anterior: Ágio na venda da Coelba gera polêmica Próximo Texto: Publicidade busca eficácia na argumentação Índice |
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