São Paulo, segunda-feira, 4 de agosto de 1997
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Ilhas são oásis de organização

VAGUINALDO MARINHEIRO
DO ENVIADO ESPECIAL

As 118 ilhas e atóis que compõem a Polinésia Francesa ocupam uma área que equivale à metade do tamanho do Brasil.
Incluindo água e terra, são mais de 4 milhões de quilômetros quadrados no meio do Pacífico Sul.
A Polinésia, chamada pelos habitantes locais de "Tahiti et ses Œles" (Taiti e suas ilhas), fica literalmente longe de tudo e no meio do nada.
O país mais próximo é a Nova Zelândia, 4.000 quilômetros a sudeste. Mas vale lembrar que mesmo os neozelandeses se sentem isolados do mundo.
A Polinésia é formada por cinco arquipélagos, ilhas da Sociedade, Marquesas (onde morreu o pintor Paul Gauguin), Austrais, Mangarevas e Tuamotu.
Entre os arquipélagos, o mais famoso, e frequentado, é o da Sociedade, onde se encontra a maior ilha da região, o Taiti (a porta de entrada de todos os turistas que visitam a região), além das ilhas de Bora Bora e Moorea.
A região é produto de erupções vulcânicas. Elas resultaram em ilhas montanhosas (há picos que superam os 1.200 metros de altitude), com vasta vegetação tropical, plantações de ananás e coco, praias de areia muito branca e um mar que apresenta uma infinidade de tons de azul, dependendo da profundidade da água e dos corais no fundo.
Um passeio de barco pelas baías é como trafegar por um arco-íris de uma só cor, o azul. Variam apenas os matizes.
Apesar de parecer isolada do mundo, a Polinésia é um oásis de organização turística.
Para quem tem e quer gastar dinheiro, tudo é fácil nas ilhas. Quase todas possuem aeroportos, ligados por vôos diários da Air Tahiti. Há ainda a opção dos "ferryboats" (balsas) ou dos veleiros que fazem cruzeiros pela região.
Com relação à acomodação, há desde a possibilidade de se instalar na casa de nativos até ficar em hotéis que chegam a cobrar US$ 800 por dia, sem café da manhã.
É fácil alugar carros, achar telefones e, mais do que tudo, na maioria das ilhas é fácil achar sossego e silêncio.
Nas praias, você com certeza não vai ser importunado. Não há crianças pedindo dinheiro ou camelôs oferecendo quinquilharias ou comida. Também não há perigo de ratos de praia. Índices de violência simplesmente não existem.
Mas tudo tem seu preço, e muitas coisas são caras nas ilhas. Uma cerveja pequena, tipo long neck, sai por US$ 3,50 (a local, Mahou) e US$ 4 (importada, Heineken). Um maço de Marlboro custa US$ 6.
Na época globalizada, até nesse paraíso isolado é possível assistir a TVs pagas, ver notícias via CNN ou seriados via Sony.
Mas esqueça tudo isso. O maior prazer de qualquer visitante é ficar longe da televisão e poder ver da janela de seu quarto, ou da areia da praia, as cores que enfeitiçaram o pintor Gauguin.
(VM)

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