São Paulo, terça-feira, 5 de agosto de 1997
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Stedile rejeita invadir escola

DA REPORTAGEM LOCAL

O líder nacional do MST João Pedro Stedile disse ontem à Folha que o movimento não pretende invadir escolas fechadas. Segundo ele, "não há nenhuma deliberação neste sentido".
Segundo Stedile, suas declarações sobre a invasão de escolas, feitas em Brasília, na semana passada, durante o 1º Encontro Nacional de Educadoras e Educadores da Reforma Agrária, não foram bem compreendidas.
"Não defendi a invasão física das escolas por membros de MST. Disse que os professores que militam no movimento deveriam mobilizar a população para impedir que o governo mantenha escolas fechadas", afirmou Stedile.
"Quando usei o verbo ocupar, quis dizer que acho que a sociedade deve pegar as escolas fechadas em suas mãos, se ocupar delas e pressionar o governo a reabri-las", disse.
Stedile disse não ter "dados concretos" sobre o número de escolas fechadas no Brasil. Segundo o Ministério da Educação, 30.556 escolas públicas e privadas, de primeiro e segunda graus, estavam paralisadas no ano passado.
Segundo Stedile, os cerca de 500 professores ligados ao MST que se reuniram em Brasília vão identificar as escolas fechadas em seus municípios e mobilizar as comunidades locais.

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