São Paulo, terça-feira, 5 de agosto de 1997
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Policiais apóiam veto a armas em protestos

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Líderes de entidades de policiais federais, civis e militares irão defender hoje e amanhã no Congresso a aprovação de lei que responsabilize criminalmente os policiais que portem armas em greves da categoria.
A proposta será defendida pelo coordenador do Fórum Nacional de Segurança Pública, Jorge Venerando, que é presidente da Fenapf (Federação Nacional dos Policiais Federais).
"O policial que faz greve é igual a qualquer trabalhador e não pode usar arma em passeatas de protesto", disse Venerando.
Segundo o coordenador do fórum, o governo federal deve ajudar a aprovar a lei contra o uso de armas nas manifestações, mas não pode impedir que os policiais discutam política em suas associações. "Se o problema é o uso de armas, vamos proibi-lo sem impedir o direito de associação dos policiais", afirmou Venerando.
Exército
O coordenador do fórum anunciou que irá criticar na Câmara e no Senado a participação de dois coronéis e dois generais do Exército na comissão formada pelo Ministério da Justiça para elaborar as "propostas emergenciais" sobre segurança pública.
Essas propostas serão levadas hoje pelo ministro Iris Rezende (Justiça) ao presidente Fernando Henrique Cardoso.
"Generais e coronéis são muito competentes para cuidar de estratégia militar, mas não de segurança pública", disse Venerando.
O general Gilberto Serra, do Ministério da Justiça, disse que os militares da comissão têm experiência em segurança pública, como ele e o general Nilton Cerqueira, secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro.
Serra é secretário nacional de Planejamento das Ações de Segurança Pública do Ministério da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal.
Já o procurador federal dos Direitos do Cidadão, Wagner Gonçalves, disse que as investigações das polícias Civil e Federal devem ser subordinadas ao Ministério Público, órgão destinatário do trabalho de apuração dos crimes.

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