São Paulo, terça-feira, 5 de agosto de 1997 |
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PF apura venda de armas a terroristas
MARCELO GODOY
A suspeita surgiu durante a investigação da origem das 2.400 submetralhadoras URU apreendidas na metalúrgica Bilbao. A apreensão ocorreu na quinta-feira passada na rua Ribeiro do Amaral, no Ipiranga (zona sudeste de SP). As armas estavam em uma sala-cofre mantida pelo empresário Francisco Alava Ugarte, que está foragido. A Folha procurou ontem à tarde Elias Zalkin, advogado de Ugarte, mas não o achou em seu telefone celular e em seu escritório. Na semana passada, Zalkin havia negado as acusações contra seu cliente. Ele disse que as submetralhadoras estavam sendo reparadas por Ugarte a pedido da empresa Mekanika Indústria e Comércio Ltda., com sede na rua da Quitanda, no Rio de Janeiro. A Mekanika, segundo Zalkin, recebera as armas e repassou o serviço ao seu cliente. O advogado afirmou ainda que Ugarte é legalmente autorizado pelo Exército para prestar esse serviço. Ugarte é formado em engenharia mecânica e é especialista em armas. Ele foi campeão de tiro e presidente do Clube de Tiro de São Paulo. Segundo seu advogado, Ugarte está autorizado a produzir silenciadores para o mercado externo. Zalkin já entregou parte da documentação sobre as atividades do cliente e disse que entregará o restante "no momento oportuno". Hoje, a PF começará a submeter as submetralhadoras apreendidas à perícia. O órgão enviou um relatório preliminar sobre os trabalhos à Justiça Federal. Texto Anterior: População enfrenta problemas com 'economia' das regionais Próximo Texto: Unicef quer ferro em farinha brasileira Índice |
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