São Paulo, terça-feira, 5 de agosto de 1997
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CNI quer restringir importação

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

A indústria nacional quer impedir os pequenos produtores rurais de importar, com financiamentos oficiais, máquinas mais baratas do que as produzidas no país.
A CNI (Confederação Nacional da Indústria) quer que as máquinas compradas com recursos do Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar) tenham índice mínimo de nacionalização.
Na prática, essa medida impediria que os micro e pequenos produtores viessem a importar equipamentos agrícolas.
A reivindicação foi encaminhada ao Codefat (Conselho Deliberativo do Fundo de Amparo ao Trabalhador), que financia o programa. Os recursos são repassados ao BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social).
A intenção dos empresários é enquadrar as regras do Pronaf nas mesmas fixadas pela Finame (Agência Especial de Financiamento Industrial), que exige nacionalização mínima de 60%.
A indústria argumenta que esses recursos não devem incentivar a produção e a criação de empregos em outro país porque os financiamentos são subsidiados.
A Folha apurou que o BNDES é contra a medida porque criaria entraves burocráticos para a liberação dos recursos.
Outro ponto seria o encarecimento do produto, já que a importação é feita porque o preço do produto estrangeiro é mais baixo.

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