São Paulo, terça-feira, 5 de agosto de 1997
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Franco vai ao Senado 'bater papo', diz Alvares

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O líder do governo no Senado, Elcio Alvares (PFL-ES), afirmou ontem que o economista Gustavo Franco, indicado novo presidente do Banco Central em substituição a Gustavo Loyola, deverá ir ao Senado ter contato com os senadores para tornar mais tranquila a aprovação do seu nome pela Casa.
"Ninguém derruba a indicação de Franco, mas é sempre bom minimizar as possíveis rejeições", disse o líder. "Não custa nada uma visita, um papo."
Senadores da oposição e alguns governistas criticam a política cambial defendida por Franco, como José Serra (PSDB-SP), presidente da CAE (Comissão de Assuntos Econômicos), comissão encarregada da arguição pública do economista.
Elcio acha que Serra não vai prejudicar a indicação de Franco. "Ao contrário, vai ajudar muito", disse.
O senador e ex-banqueiro José Eduardo Andrade Vieira (PTB-PR), integrante da CAE, também teve divergências com o BC, na época da crise enfrentada pelo Bamerindus.
Segundo Elcio, o próprio Gustavo Franco já manifestou disposição de conversar com todos os integrantes da CAE. O líder está esperando o retorno do presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), para marcar a visita, que pode ocorrer ainda hoje.
Sucessor
O governo deve anunciar oficialmente, antes da sabatina de Gustavo Franco no Senado, o nome de seu sucessor na Diretoria de Assuntos Internacionais do BC.
Deve ser confirmado o nome do economista Luis Paulo Marinho Nunes, 41 anos. Ele é o vice-presidente e diretor financeiro da trading alemã Alfred C. Toepfer.
Com título de doutorado pela Universidade de Chicago, onde estudou de 1980 a 84, Nunes conhece Franco há 23 anos, de quem é amigo pessoal.
Eles fizeram juntos o curso de Administração da Fundação Getúlio Vargas, no Rio de Janeiro.
Nunes trabalha na filial da empresa em São Paulo e tem bom trânsito no mercado financeiro.

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