São Paulo, terça-feira, 5 de agosto de 1997
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Lygia Pape expõe prenúncio de sua liberdade

CASSIANO ELEK MACHADO
DA REDAÇÃO

Entre o começo dos anos 50 e início dos 60, Lygia Pape fez, em companhia de outra Lygia, um Hélio e um punhado de outros nomes, marcas profundas na história da arte contemporânea brasileira. Passou com brilho pelos grupos frente e concreto, antes da grande revolução neoconcreta.
Formando o tripé básico desse grupo com Lygia Clark e Hélio Oiticica, Pape assinou, em 1959, manifesto em que tratava a obra de arte como algo superior a outros objetos, como algo que devesse transcender.
A partir de hoje, a galeria Camargo Vilaça expõe amostras do roteiro conturbado de Pape ao longo dessas duas décadas.
Estão em exposição, no andar superior da galeria, dez pinturas em têmpera sobre madeira criadas em 1954 (época em que a artista fluminense participava do grupo frente), 1956 (período concreto) e 1961 (neoconcreto).
O conjunto de obras já anuncia uma das principais características da produção da artista: a liberdade. Qualidade que fez com que Pape se desprendesse de qualquer rótulo de movimentos artísticos.
(CEM)

Exposição: Lygia Pape
Vernissage: hoje, às 20h
Quando: segunda a sexta, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 14h. Até 29 de agosto Onde: galeria Camargo Vilaça (r. Fradique Coutinho, 1.500, tel. 210-7390)

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