São Paulo, quarta-feira, 6 de agosto de 1997 |
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Empreiteiras fizeram doação de campanha
LUIS HENRIQUE AMARAL
As empreiteiras que estão na agenda fizeram as principais obras da gestão do ex-prefeito Paulo Maluf. Algumas delas também participaram do esquema Paubrasil, que arrecadou verbas irregularmente para campanhas malufistas. A CBPO, por exemplo, doou US$ 5,8 milhões para a Paubrasil e faturou R$ 400,4 milhões na gestão Maluf. Ela construiu parte do túnel Ayrton Senna, fez prédios do projeto Cingapura, participa da coleta de lixo e canalizou córregos. Ela foi também a maior doadora da campanha de Pitta, com R$ 5,1 milhões. Em segundo lugar em doações está a Paviter, da OAS, que doou R$ 300 mil. Segundo Sérgio Labieno Teixeira de Mendonça Filho, ex-diretor da CBPO e cujo telefone está na agenda de Ramos, ele mantinha contato com o coordenador da dívida para saber sobre a captação de recursos pela prefeitura no exterior. A OAS, que também consta da lista telefônica de Ramos, colaborou com R$ 800 mil para o esquema Paubrasil. Ela fez a arquibancada do sambódromo de São Paulo, que custou R$ 14 milhões. Junto com as subsidiárias Vega-Sopave e Paviter, a OAS controla cerca de R$ 600 milhões em contratos de coleta de lixo. A OAS ainda é responsável por parte dos conjuntos habitacionais do Projeto Cingapura. Os executivos do grupo OAS que estão na agenda afirmam que entravam em contato com Ramos para se informar sobre a obtenção de empréstimos externos que seriam usados para pagar obras. A Badra, que participou da coleta de lixo na gestão Maluf, havia doado US$ 300 mil para a Paubrasil em 1990. A empresa não existe mais e seus executivos não foram encontrados para comentar o fato. O nome do diretor-presidente da construtora Etesco, Licínio Machado, também está na agenda de Ramos. Ela venceu a licitação para a construção do incinerador de lixo da prefeitura. Ele não foi encontrado para comentar pela Folha. Segundo sua secretária, Machado está fora do país. (LHA) Texto Anterior: Pitta diz ignorar contatos de ex-auxiliar Próximo Texto: Malufismo acha que crise vai até janeiro Índice |
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