São Paulo, sábado, 9 de agosto de 1997
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Auditoria descobre fraude de R$ 11 milhões no INSS do Pará

Total de aposentadorias irregulares suspensas é de 1.010

ESTANISLAU MARIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

Uma auditoria da Superintendência do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social) em Belém descobriu um rombo de R$ 11 milhões nos cofres públicos em benefícios pagos para 1.010 aposentadorias irregulares.
Essa é a maior fraude no INSS na história do Pará. Os trabalhos dos auditores começaram em fevereiro do ano passado e foram divulgados anteontem. Oito funcionários do INSS, supostamente envolvidos, foram afastados.
As irregularidades mais comuns nas aposentadorias fraudulentas foram contratos falsos registrados na carteira profissional, carteiras rasuradas, contagem de tempo acima do registrado, utilização de números do PIS ou de inscrição na Previdência Social de outra pessoa.
As investigações começaram com a denúncia de um empresário que recebeu confirmação da aposentadoria de empregados que nunca contratou. A auditoria descobriu aposentadorias irregulares desde 93. "Suspendemos as 1.010 aposentadorias", disse o superintendente do Pará, Isan Anijar.
Os funcionários vão responder a processos administrativos e podem ser exonerados. Os beneficiados terão de devolver o dinheiro recebido e todos podem ser processados por fraude.
Para preservar o direito à defesa, o INSS não divulgou nomes dos envolvidos. "A auditoria mostrou que os funcionários facilitaram a aposentadoria de quem ainda não tinha o direito", disse Anijar.
"Não podemos afirmar que há uma quadrilha. Temos certeza de que houve fraude", disse o auditor-geral do INSS, Paulo César Nascimento Costa.

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