São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997
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Técnica chinesa ajuda a aliviar dor

LUCIANA SCHNEIDER
DA REPORTAGEM LOCAL

Mais de mil pessoas estarão reunidas, no próximo dia 17, no Encontro Nacional de Lian Gong -ginástica terapêutica chinesa-, que acontecerá no Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro, no Ibirapuera (zona sudoeste de SP).
A ginástica, desenvolvida pelo ortopedista Zhuang Yuen Ming em 1974, pode ser feita por pessoas de qualquer idade, para resolver problemas de dores nas articulações, musculares, regulação das funções dos órgãos internos e para o melhor funcionamento das vias respiratórias.
Ao todo, são 54 movimentos que compõem a Lian Gong, divididos em três séries, que estão atraindo muitos brasileiros, principalmente do Estado de São Paulo, desde 1987 -quando Maria Lucia Lee trouxe a técnica ao país.
Segundo Maria Lucia, o interesse deve-se principalmente ao ritmo intenso do mundo atual.
Por isso, algumas empresas de São Paulo já estão contratando professores para ensinar a seus funcionários a técnica chinesa.
Segundo ela, o Brasil é o quarto país do mundo em número de adeptos da Lian Gong (cerca de 3.000), depois da China (mais de 4 milhões), Japão e Indonésia.
Exercício
A ginástica, segundo Ming, pode ser feita individualmente ou em grupo, com movimentos muito lentos, a fim de que a mente "localize" a dor e saiba curá-la.
Para o exercício ter eficácia, o médico diz que a ginástica tem de ser feita pelo menos um vez por dia. As três séries duram, em média, 40 minutos.
"Mas quem tem dor nas costas e no pescoço, por exemplo, não precisa fazer todas as séries, somente a primeira."
Ming diz que os praticantes da Lian Gong obtêm uma melhora substancial em quatro meses.
No entanto, ele recomenda às pessoas que têm problemas crônicos a não parar com a ginástica. "Além de ser um método de prevenção, é bom para que não aconteça uma recaída."
A história da Lian Gong começou quando Ming clinicava no hospital Dong Chan, em Xangai, na China. Ele atendia a inúmeros pacientes na área de traumatologia -e, destes, 85% tinham dores no corpo, 60% faziam trabalhos repetitivos e 70% levavam vida sedentária.
Assim, ele começou a fazer massagens em seus pacientes -uma espécie de fisioterapia.
Mas, como chegava a atender, junto com auxiliares, cerca de 500 pacientes por dia, teve a idéia de divulgar a técnica para que as próprias pessoas pudessem se exercitar em casa.

O Ginásio Poliesportivo Mauro Pinheiro fica na rua Abílio Soares, 1.300, Ibirapuera.

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