São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997
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Data fatal; Novo ciclo; Motor de arranque; Capacidade maior; Com lupa; Importação no varejo; Sem câmbio; Sujeito a correções; De pijamas; Transferindo o rombo; Ação purificadora; Tiroteio; Tragédia fiscal; Coro dos descontentes; No Olimpo; Esforço didático

DE PIJAMAS

Data fatal
Até o final deste ano, os governadores terão de decidir o que será feito dos bancos estaduais. As alternativas: privatizar, extinguir, transformar em agências de fomento ou ajustar. "O sistema será qualitativamente diferente", diz José Roberto Mendonça de Barros, secretário de Política Econômica.

Novo ciclo
Para Mendonça de Barros, "entramos na terceira fase de ajuste". A primeira foi a do Proer e a segunda, a da entrada dos bancos estrangeiros. Agora, a nova fase terá "importante impacto fiscal" e será uma das "tarefas fundamentais" da nova equipe do BC.

Motor de arranque
A instalação de novas montadoras deve gerar cerca de 16,8 mil empregos diretos nos próximos dois anos, segundo o Grupo Automotivo da KPMG. Do total, o Paraná ficará com 36%.

Capacidade maior
Depois de chegar a 83% no início do Real, a indústria usa hoje pouco menos do que 79% da capacidade instalada, apesar do aumento das vendas, diz José Guilherme Reis, economista da CNI. "É um sinal de que ocorreram investimentos."

Com lupa
Cresce no mercado a aposta de que o BC vai reduzir a TBC na próxima reunião do Copom. A queda esperada, porém, é infinitésima.

Importação no varejo
O governo acredita que alguns fatores devem evitar uma explosão das importações no final do ano. Vão pesar as restrições de financiamento para produtos de menor valor (importação típica de Natal). A desaceleração dos eletroeletrônicos deve aparecer na balança entre outubro e novembro.

Sem câmbio
Para o Citibank, o governo não deve mudar a política de câmbio por conta da valorização do dólar contra o marco alemão e o iene.

Sujeito a correções
Passou a existir um clima de desconfiança no mercado com os números diários da balança comercial. Na semana passada, por duas vezes, o número "vazado" pela manhã foi diferente em milhões do "vazado" à tarde.

O dado é do ex-ministro Mailson da Nóbrega: em Minas, existem 27 coronéis aposentados para cada coronel na ativa.

Transferindo o rombo
Os bancos carregam R$ 8 bilhões em créditos podres, diz a Austin Asis. Do total, de 15% a 20% devem ser repassados para empresas não-financeiras coligadas, como permite medida do BC.

Ação purificadora
"A medida é positiva e objetiva limpar o balanço dos bancos", diz Erivelto Rodrigues, da Austin Asis. "Balanços ruins podem quebrar bancos, mas, no caso de empresas, não é tão problemático."

Tiroteio
A partir de agora, a temperatura da campanha sucessória na Fiesp vai subir. Joseph Couri parte para o ataque. Moreira Ferreira e Horácio Piva não vão ficar quietos.

Tragédia fiscal
Moreira Ferreira aproveita a visita de parlamentares à Fiesp -mais de 15 até agora, cerca de dois por semana- para fazer lobby contra a CPMF. "Provisória, já era ruim. Definitiva, é catastrófica."

Coro dos descontentes
Abram Szajman, da federação do comércio, articula uma reação contra a CPMF. Saulo Seibel, do PNBE, chamou a contribuição de "malfadada, cínica e mentirosa" e foi aplaudido por 500 empresários no clube Monte Líbano (SP). Sergio Porto, do Sinduscon-SP, vai reclamar com FHC, na quinta.

No Olimpo
Para a campanha da Honda, que estréia hoje, a DM9DDB reproduziu ruínas gregas em pleno deserto do Atacama, no Chile, a quilômetros de qualquer local habitado. Comenta-se que os investimentos ultrapassaram US$ 5 milhões.

Esforço didático
Com investimento inicial de US$ 8 milhões, começa hoje a campanha de grupo de escolas particulares procurando valorizar o ensino. A iniciativa foi do Sieesp, sindicato das escolas particulares em São Paulo. Mas os custos estão sendo bancados pelas escolas.

E-mail: painelsa@uol.com.br

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