São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997 |
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Índice de 5,8% ao ano faz lembrar tempo do país antigo
SÉRGIO LÍRIO
Esse não era o caso nem do próprio Malan. A inflação de hoje é a mais baixa desde janeiro daquele ano. Na ocasião, o futuro ministro da Fazenda tinha apenas oito anos e mal se iniciava no mundo da aritmética. Dizer que o Brasil era apenas diferente é muito pouco. O país tetracampeão ainda não ganhara a primeira Copa do Mundo, que só seria conquistada sete anos mais tarde, em 1958. A televisão só engatinhava, com menos de um ano de vida. O petróleo ainda não era nosso -o texto que criaria a Petrobrás só seria aprovado em 1953. A batida diferente de João Gilberto e as harmonias dissonantes de Tom Jobim ainda não haviam desaguado na Bossa Nova. Com cerca de 50 milhões de habitantes, o país assistia ao general Eurico Gaspar Dutra devolver o poder a Getúlio Vargas, eleito no ano anterior. Dutra assumiu a presidência com o fim do Estado Novo (1930-45) e conduziu o Brasil para a redemocratização. Com a guerra fria, o país também viveu uma fase de reaproximação com os EUA, marcada pelo encontro de Dutra com o presidente Harry Truman, em Washington, em 49. Mas um ponto liga o governo de Dutra com o atual: tanto um como outro adotaram políticas de controle do câmbio. Texto Anterior: Inflação baixa custa desemprego, diz Malan Próximo Texto: Seguradora dos EUA se associa ao grupo Icatu Índice |
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