São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997
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Crise anima os adversários

DA REPORTAGEM LOCAL

A crise na Articulação animou as outras correntes que disputam a hegemonia na direção da CUT.
Na semana passada, o MTS (Movimento por uma Tendência Socialista), a ASS (Alternativa Sindical Socialista) e a Articulação de Esquerda decidiram criar uma frente permanente de oposição.
Caso não vençam as eleições, as correntes pretendem atuar em bloco nas discussões da central.
Normalmente, essas tendências se uniam nos congressos, mas atuavam separadas durante os três anos da gestão da diretoria eleita.
Segundo José Maria de Almeida, do MTS, a idéia agora é atrair a CSC (Corrente Sindical Classista), ligada ao PC do B, para o bloco.
"Unidos, podemos atuar de forma mais eficaz para que a CUT seja conduzida como achamos que deve ser", afirma.
"O que os bancários estão falando agora, nós estamos repetindo a algum tempo. Nós também achamos que a central está sendo conduzida de forma personalista e centralizadora."
Diferenças
A possibilidade de criação de uma grande corrente esbarra nas diferenças entre as tendências.
A CSC, por exemplo, lançou sua própria candidatura para as eleições. A chapa será encabeçada por Wagner Gomes, integrante da direção executiva da CUT e ex-presidente do Sindicato dos Metroviários de São Paulo.
Caso não convença a CSC, o grupo formado pelo MTS, ASS e Articulação de Esquerda deve lançar uma outra chapa.
A liderança da chapa está sendo disputada por Jorge Luiz Martins, também secretário da CUT nacional, e Paulo Coutinho, ex-presidente da CUT do Espírito Santo.
Almeida disse que o grupo vai insistir para que a a CSC integre a frente anti-Articulação.
Gomes afirmou que a CSC está aberta a adesões, mas que as discussões terão que passar pelas propostas da corrente.

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