São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997 |
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'Tenho que sair no auge'
DEBORAH GIANNINI
(DG) * Teresa Edwards - Por que você está se aposentando agora? O que te levou a tomar essa decisão? Paula - Chegou o momento. A gente tem de saber quando está rendendo, no auge. Não tem um porquê, foi uma decisão individual, bem minha. Por mim, jogaria a vida inteira, mas infelizmente o tempo é o senhor da razão no esporte. Teresa - Qual é a diferença de jogar com ou sem a Hortência? Paula - Quando eu jogava com a Hortência, havia um potencial de ataque muito forte, e a experiência que ela adquiriu me ajudava muito e à equipe. Sem ela é estranho. Hoje a gente tem que se desdobrar em duas ou três para superar sua ausência. Teresa - Você gostaria de jogar nos EUA? Paula - Gostaria de jogar nos EUA se fosse compensador financeiramente, o que não foi o convite feito pela WNBA. Eu me arrependo muito de não ter ido para os EUA quando tinha 17 anos e fui convidada para estudar e jogar em uma escola, a Old Dominion. Achei que eu não fosse conseguir ficar longe de casa, do Brasil. Então não aceitei. Teresa - O que pensa em fazer agora? Paula - Vou continuar na minha equipe, a Microcamp, onde eu tenho um contrato até abril de 1999. Pretendo me dedicar mais ao clube e ter mais tempo para tentar organizar projetos na vida profissional, dentro do basquete. (Teresa encerrou a entrevista deixando uma mensagem a Paula: "Você é uma grande jogadora e deveria continuar jogando um pouco mais tempo para ser reconhecida por si só, e não apenas em associação a Hortência"). Texto Anterior: 'Basquete é uma bênção' Próximo Texto: Técnico aprova desempenho do Brasil sem o 'tripé' Índice |
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