São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997
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Técnica deve ser aperfeiçoada

PAULO HENRIQUE BRAGA
DE LONDRES

Os construtores do Deraman afirmam que podem usar a tecnologia nele aplicada para fabricar um simulador do corpo humano completo.
Antes disso, os pesquisadores envolvidos no projeto querem realizar testes com a cabeça artificial para aperfeiçoar os materiais usados em sua construção e o equipamento eletrônico de monitoração.
Anteriormente, os técnicos da Dera -agência executora do projeto- usaram materiais semelhantes aos utilizados na construção do Deraman para avaliar o impacto de projéteis em um tórax artificial, protegido por um colete a prova de balas.
Bell disse que a conclusão foi a de que as ondas geradas pelo impacto da bala com o colete podem ser mais perigosas do que o projétil em si.
Além de relativamente barato, o projeto também foi executado em pouco tempo. A idéia surgiu em janeiro deste ano e a construção da cabeça demorou dois meses.
"Depois que tivemos a idéia, não houve dificuldades para executar o projeto", disse Bell.
O direcionamento a ser dado para o projeto de pesquisas da Dera está previsto para o início de setembro. Nesse mês deverá começará a funcionar um consórcio de empresas e instituições que aderirem ao projeto.
O grupo será formado pela Dera e mais cinco empresas ou organizações. Cada uma delas terá de contribuir com US$ 25 mil para o desenvolvimento das pesquisas a serem definidas.
Atualmente, a agência de pesquisas está analisando as propostas dos candidatos a participantes do projeto. Os integrantes do grupo deverão ser anunciados no dia 1º do mês que vem.
Definidos os participantes, os cientistas poderão direcionar seu trabalho para as necessidades básicas de cada parceiro, além de cumprir um programa de estudos básicos proposto pela Dera.
Sandra Bell, física que lidera o projeto, não quis revelar o custo da construção do Deraman. Mas disse que foi "muito menos" do que os US$ 100 mil que a Dera pretende arrecadar para colocar as próximas pesquisas em prática.
(PHB)

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