São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997
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Pesquisa apontou diferença

DA REDAÇÃO

Em entrevista concedida a uma emissora de rádio, pesquisadores de Copenhague, na Dinamarca, anunciaram em 29 de julho terem descoberto que os homens têm em média cerca de 4 bilhões de células cerebrais a mais que as mulheres.
A pesquisa foi feita por médicos do Hospital Municipal de Copenhague com base em exames de cérebros de 94 cadáveres de pessoas com idades entre 20 e 90 anos. Os homens apresentaram em média 23 bilhões de células cerebrais contra 19 bilhões nas mulheres, segundo a neurologista Bente Pakkenberg, que coordenou o estudo.
Pakkenberg afirmou não saber se a diferença no número de células cerebrais teria alguma implicação na inteligência. "Isso é um mistério. O conhecimento que temos mostra que os homens não são mais inteligentes que as mulheres", disse a pesquisadora.
No dia seguinte às declarações de Pakkenberg, um estudo publicado na revista "Nature" dizia que 48% da inteligência são determinados pelo ambiente uterino.
A pesquisa foi realizada por uma equipe da Universidade Carnegie Mellon, de Pittsburgh, nos Estados Unidos. Seus resultados parecem contradizer a proposta do livro "The Bell Curve" (A Curva do Sino), no qual os autores propõem que altos QIs (quocientes de inteligência) tenderiam a se reduzir porque grupos de níveis sócio-econômicos mais baixos tenderiam a ter mais filhos. Essa tese se baseia na idéia de que os genes contribuem em mais de 60% para o QI.

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