São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997
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JONI ANDERSON

Até o dia 17, o Sesc Pompéia apresenta "Palco, Academia e Periferia (O Penhor Dessa Igualdade)", espetáculo de Ivaldo Bertazzo que reúne música e dança feitas por comunidades carentes.
O projeto obviamente não nasceu com a finalidade de refletir apenas o cotidiano e a arte dos negros. Mas também não teve como fugir dessa realidade.
"É uma maneira de cada um achar a sua identidade e fazer fusões com o que temos. Eles (os negros) têm muita coisa para informar, coisas que estão inscritas no corpo", afirma Bertazzo.
Os grupos convidados -Lactomia, Funk'n Lata, Meninos da Favela Monte Azul, Banda Bate Lata e 16 Meninos da 13 de Maio (foto)- mostram o que há de melhor no funk carioca da Mangueira, na sonoridade do Candeal de Salvador, na coreografia original da favela Monte Azul etc.
Todos foram preparados pelo mestre e percussionista Naná Vasconcelos, que colaborou com a linguagem estético-musical das apresentações.
O resultado é uma "Torre de Babel" artística, alegre e positiva, que fala também da violência, das particularidades, do movimento e dos ritmos negros.
"É um espetáculo forte porque dá oportunidade para as comunidades carentes emitirem suas opiniões e se sentirem úteis", diz Vasconcelos.

ONDE ENCONTRAR: "Palco, Academia e Periferia (O Penhor dessa Igualdade)": até 17/08, quarta a sábado, às 21h, domingo, às 19h. Preços: R$ 10 (comerciário e estudante), R$ 15 (usuário com carteirinha) e R$ 20 (visitante). Hoje, às 11h, e dia 17, às 13h: gratuito. Sesc Pompéia: r. Clélia, 93, Água Branca, região noroeste, tel. 871-7751.

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