São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997
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Butique de pães é a nova tendência no segmento

DA REPORTAGEM LOCAL

O conceito de "padaria sofisticada" surgiu há pouco tempo no país, mas já conquistou adeptos.
O pioneiro foi o empresário e modelo Olivier Anquier, que importou os princípios das tradicionais "boulangeries" francesas.
Em 95, ele abriu com um sócio a Pain de France, no bairro de Higienópolis, zona noroeste de São Paulo. A butique oferece dezenas de de pães típicos franceses.
"O problema foi introduzir uma cultura diferente, que vê o pão como gastronomia, não como complemento", diz ele.
Para Anquier, a aceitação aumentou. "Antes era só o pão francês. Hoje o mercado já incorporou variações."
Novo empreendimento
Ele se desligou da loja há três meses, mas planeja abrir em setembro uma nova "boulangerie", na r. Oscar Freire (zona sudoeste), que levará o seu nome.
"Esse tipo de negócio está se espalhando", afirma Anquier, que é marido da atriz Débora Bloch.
A sofisticação também foi o ingrediente para que o empresário Edilson Rocha, 32, fermentasse seus lucros.
Ele abriu uma "padaria diferenciada" há três anos em Pinheiros (zona sudoeste).
Desde então, comprou o terreno vizinho para expandir as instalações, informatizou a panificadora, ampliou o cardápio e já planeja adotar um serviço de entrega em domicílio.
Ele investiu R$ 100 mil para montar a Pão, Leite e Companhia, que não vende bebidas alcoólicas e oferece jornais e revistas para leitura.
Outras novidades foram a adoção de um serviço de café da manhã por quilo e a instalação de mesas na calçada com vasos de flores.
Segundo Rocha, o retorno do investimento veio em 18 meses. Hoje a padaria emprega 25 funcionários e fatura R$ 70 mil por mês.
"Muitos não gostam de ir a padarias onde o time de futebol fica tomando cerveja com os copos em cima do freezer de sorvete. Buscamos algo novo", brinca Rocha.

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