São Paulo, domingo, 10 de agosto de 1997
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Honda CG 125 ganha mais cinco concorrentes

DA REPORTAGEM LOCAL

O sucesso da Honda CG Titan está trazendo novas marcas para o segmento das motos urbanas com motor na faixa dos 125 centímetros cúbicos de cilindrada (cc).
Há menos de dois anos, apenas Honda e Yamaha competiam no segmento. Quatro marcas asiáticas -a japonesa Suzuki, a chinesa Jialing e as coreanas Daelim e Hyosung-, além da brasileira Brandy, perceberam o filão e trouxeram modelos para brigar no segmento, que representa seis de cada dez motos vendidas no Brasil.
Juntas, as cinco marcas comercializam mais de 2.000 motos urbanas de 125 cc por mês.
"É a maior demanda do mercado", diz Hugo Brandani, diretor da Brandy, que, em maio, passou a importar da China a FT 125, com preço de R$ 3.500.
Em setembro, a FT começa a ser produzida em Manaus e, até o final do ano, o volume mensal de vendas deve chegar a 440 unidades. Nos dois primeiros meses, foram vendidas 362 unidades.
Outra marca que aproveitou esse sucesso foi a chinesa Jialing, que, em 96, começou a importar a JH 125. "Em pouco mais de um ano, vendemos 2.500 motos", diz o gerente de vendas Sérgio Machado.
Com o estoque esgotado, Machado espera para dezembro a chegada de mais uma leva importada. A moto custa R$ 2.700.
No mês passado, a sul-coreana Hyosung também passou a fazer parte desse mercado, com a produção da GF 125 em Manaus.
Cobrando R$ 3.600, a Hyosung vendeu 192 unidades no primeiro mês de venda. "Em outubro, queremos vender 400 unidades da GF", diz Douglas Silva Lopes, gerente comercial da Hyosung.
A Suzuki, que sempre comercializou motos de cilindrada elevada, também se rendeu ao segmento dos 125 cc. Em fevereiro, passou a produzir a Katana, em Manaus. A moto custa US$ 3.540.
"Estamos vendendo cerca de 1.500 unidades por mês", comemora Sérgio Detomy, gerente comercial da Suzuki. A expectativa é fechar 97 com 15 mil unidades.
A Daelim, outra coreana de olho nesse filão, importa, desde junho de 96, a VF 125D (US$ 2.800).
"Em média vendemos 65 motos VF por mês", diz Jorge Tcheckley, gerente da marca. Com o início da operação da fábrica da marca na Bahia, "o preço poderá cair".
Mesmo com as cinco novas opções de motos de 125 cc, Honda e Yamaha não perderam espaço.
A Honda CG 125 Titan detém 60% do mercado de motos no Brasil, com 20 mil vendas mensais. "Quem quiser uma CG vai esperar dez dias", diz Ronaldo Costa, da Mesbla Motos. "Em junho, a espera era de 20 dias", completa.
A Yamaha RD 135 tem 2,5% das vendas, com cerca de 900 motos comercializadas por mês. A espera pela RD nas lojas é de 15 dias.

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