São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997
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Curta realça individualismo

JOSÉ GERALDO COUTO
ESPECIAL PARA A FOLHA

"Angelo Anda Sumido", curta de Jorge Furtado exibido sábado em Gramado, é uma bem-humorada crônica urbana de tintas kafkianas sobre a odisséia de um rapaz que sai de casa para jantar com um amigo (o Angelo do título) e se vê às voltas com a selva de grades que se tornou a cidade.
O filme despertou reações entusiasmadas da platéia durante a projeção e um aplauso morno ao final. Para o diretor, isso aconteceu porque o final é deliberadamente anticlimático: "O filme não acaba, ele se fina".
É verdade. O interesse do público é atraído para uma coisa (o que houve com Angelo?) que o filme não mostra, para realçar o individualismo do protagonista.
Opção corajosa de um filme que descreve um mundo em que, segundo as palavras do diretor, "o indivíduo, quando enfrenta o espaço público, quer ter o menor contato possível com o outro".
(JGC)

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