São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997 |
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Samba e salsa esquentam segunda noite
JOSÉ GERALDO COUTO
O primeiro, ovacionado pela platéia, é um sensível e caloroso retrato do velho compositor e, por extensão, do morro da Mangueira e sua tradição sambista. O próprio Sargento veio a Gramado prestigiar o filme, que mistura cenas da vida mangueirense (rodas de samba, meninos soltando pipas) com depoimentos do sambista e outras personalidades, como Paulinho da Viola e o veterano compositor Carlos Cachaça, 94. Em entrevista coletiva, o diretor Estevão Ciavatta Pantoja, 29, disse ter aproveitado sua experiência no programa "Brasil Legal", da Globo, para buscar um tom de carinho e respeito à comunidade filmada. "Yo Soy, del Son a la Salsa" parte de um rico material de arquivo e de entrevistas com músicos e estudiosos para contar a história da música afro-cubana dançante, desde suas origens no século 19, com o "son", até sua forma atual, em que recebeu o rótulo internacional de "salsa". Projetado inicialmente como uma série de televisão, o documentário se ressente de uma estrutura excessivamente convencional e redundante. A cada momento, um cantor ou músico é apresentado como "o verdadeiro rei da salsa, com seu estilo inconfundível". Pelo menos para o espectador brasileiro, quase todos são confundíveis. O mérito do documentário é brindar o público com empolgantes atuações antigas ou novas de artistas da grandeza de uma Celia Cruz (única mulher destacada no filme), Tito Puente e Israel Lopez (Cachao). Em suma, "una película para bailar". A noite teve ainda o curta "Angelo Anda Sumido", de Jorge Furtado (leia entrevista e crítica nesta página), e o longa "O Homem Nu", de Hugo Carvana, já exibido em São Paulo e no Rio. Os dois estão na competição pelos kikitos do festival. Texto Anterior: Curta realça individualismo Próximo Texto: No sétimo dia, elegemos a morena do Tchan Índice |
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