São Paulo, segunda-feira, 11 de agosto de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Monet é visto por 400 mil pessoas em SP
MARCELO NEGROMONTE
Esse número já é o recorde absoluto de público em exposições na cidade, superando o da Bienal de Artes do ano passado, que registrou 398.979 visitantes. A expectativa do Masp era de 10 mil visitantes por dia no último fim-de-semana. Ontem, último dia da exposição no Brasil, 12.202 pessoas foram ao Masp até as 20h05. A mostra fecharia às 22h. No sábado, 12.078 visitantes passaram pelo museu. No último fim-de-semana da mostra, a entrada foi gratuita. O preço cobrado desde 25 de junho, quando foi aberta a exposição, era R$ 8. A expectactiva da organização de que o museu recebesse um público total que superasse os 400 mil visitantes acabou sendo atingida. "Hoje (ontem) esperamos entre 13 mil e 14 pessoas", disse Henrique Luz, coordenador de atendimento do Masp. O pico de quantidade de visitantes da exposição antes desse fim-de-semana foi de 9.788 pessoas, no dia 24 de julho, segundo Luz. "Talvez tivéssemos mais público se a maior parte do período da mostra não fosse durante as férias escolares", disse Luz. Antes de vir para São Paulo, as 23 pinturas do impressionista Claude Monet (1840-1926) foram vistas por 432 mil pessoas no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio. Até o fechamento desta edição, a mostra foi vista por cerca de 832 mil pessoas no Brasil. Fila Às 17h de ontem, a fila para entrar no museu era gigantesca. Começava na bilheteria do Masp, descia a rua Plínio Figueiredo, dava a volta no quarteirão e acabava na esquina da avenida Paulista com a rua Plínio Figueiredo. Apesar de andar rápido, o tempo médio de espera nesse horário era de uma hora, segundo as pessoas ouvidas pela Folha. Quem entrava no museu por volta das 15h esperava entre 20 minutos e meia hora. "Vale a pena passar esse tempo na fila para ver Monet", disse a comerciante Maria Irene, 50, ao lado do marido, às 17h06. Os amigos Marcelo, 20, Marcia, 22, Valquíria, 27, Alexandre, 23, e Deusdete, 46, eram unânimes ao afirmar que teriam ido ao Masp mesmo que a entrada fosse paga. "Não iríamos perder essa exposição de jeito nenhum", disse Marcia, que trabalha na área de telecomunicações. A freira Catarina, do Colégio Santa Catarina de Sena, disse que estava achando bonita a exposição, "mas não entendia muito de pintura moderna". O bailarino libanês Paolo Ohad, 25, visitava a mostra pela segunda vez e teria ido mais vezes se a exposição não acabasse ontem. "Você não sabe se está vendo a natureza ou se a natureza está vendo você. Se eu não viesse, não estaria fazendo parte dessa natureza". Menos entusiasmado com a exposição era o estudante Rodrigo Neves, 14, que anotava em um caderno dados sobre a vida e obra de Monet para um trabalho da escola. "Isso aqui é muito monótono. Preferia uma exposição de games." Texto Anterior: Site oficial da banda na Internet é político Próximo Texto: Feira tem dia "normal" Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |