São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 1997
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Fábricas de suco querem turno extra

DA REPORTAGEM LOCAL

As 17 indústrias paulistas de suco de laranja estão dispostas a operar sete dias por semana para evitar um excesso de oferta da fruta durante as épocas de "pico" (setembro, outubro e novembro).
Nestes meses, por causa do grande número de frutas, produtores ficam impedidos de colher laranja porque as fábricas não tem capacidade de absorver toda a oferta.
Para evitar que isso ocorra, as indústrias de suco estão se propondo a ampliar em 35 dias a operação nesta safra, afirma o presidente da Abecitrus (Associação Brasileira dos Exportadores de Cítricos), Ademerval Garcia.
Segundo a Abecitrus, os produtores paulistas devem colher 405 milhões de caixas nesta safra. As indústrias devem processar 295 milhões de caixas, que irão resultar em 1,2 milhão de t de suco.
Atualmente, de acordo com a associação, a indústria paulista de suco de laranja trabalha com 50% de sua capacidade às segundas-feiras e não opera aos domingos. Aos sábados, também funciona com sua capacidade reduzida.
"O citricultor deve aproveitar a capacidade total de produção das fábricas", diz Garcia.
Para Jairo Scatambulo, presidente do Sindicato Rural de Bebedouro (SP), não há transporte para levar a produção às fábricas nos finais de semana.
O citricultor Georges Balech Júnior, 26, da região de Limeira (SP), diz que a colheita nos finais de semana implicaria em um aumento de custo, por causa da remuneração extra dos trabalhadores rurais.
"Além disso, eles também precisam descansar", afirma ele.

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