São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 1997![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Policiais de Diadema devem ir a júri popular até o final do ano Dez ex-PMs continuam presos aguardando julgamento DA REPORTAGEM LOCAL Os dez ex-policiais militares envolvidos no assassinato do conferente Mário José Josino, em agressões, abuso de autoridade e tentativas de homicídio na favela Naval, em Diadema (Grande São Paulo), continuam presos no Presídio Romão Gomes enquanto aguardam seus julgamentos nas justiças Comum e Militar.As ações da PM ocorreram entre os dias 3 e 7 de março. Elas foram filmadas e divulgadas pelo "Jornal Nacional", da Rede Globo. A juíza Maria da Conceição Vendeiro, da 3ª Vara Criminal de Diadema, pronunciou (mandou a julgamento), no dia 30 de junho, nove ex-PMs pela morte de Josino, pela tentativa de homicídio contra o músico Sílvio Calixto Lemos e por abuso de autoridade. Com isso, os acusados irão a júri popular. O ex-soldado Otávio Lourenço Gambra, o Rambo, foi apontado pela juíza como o autor dos disparos que mataram Josino. Os ex-cabos Ricardo Buzeto e João Batista de Queirós e os ex-soldados Maurício Louzada, Nélson da Silva Júnior, Demontier Carolino Figueiredo, Adriano Oliveira, Paulo Rogério Garcia Barreto e Rogério Neri Bonfim foram pronunciados como co-autores. O ex-terceiro-sargento Reginaldo dos Santos foi inocentado pela juíza das acusações de homicídio e tentativa de homicídio, mas foi pronunciado por abuso de autoridade. Assim, ele também irá a júri. Tanto a defesa quanto a acusação recorreram da decisão. O advogado de Gambra aponta falta de provas. Os advogados dos outros acusados alegam que apenas Gambra é o responsável pelo homicídio. Já o promotor José Carlos Blat quer que os ex-PMs também sejam pronunciados por formação de quadrilha, o que elevaria a pena. A decisão sobre os recursos será tomada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo. Apesar dos recursos, o julgamento deve acontecer ainda este ano. Justiça Militar No outro processo que corre na Justiça Militar, apurando prevaricação (crime de omissão cometido por funcionário público) e abuso de autoridade, sete ex-policiais e dois oficiais já foram denunciados pelo promotor Antonio Ferreira Pinto, da 1ª Auditoria da Justiça Militar. O processo está em fase final e a decisão do juiz-auditor Ronaldo João Roth deve sair em dois meses. Texto Anterior: Onda Madonna de aparecer nua por dinheiro Próximo Texto: Soldado dá tiro em operador da CBN Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |