São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 1997
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Iniciativa privada vai fazer refinaria

Construção está programada no Nordeste

FRANCISCO CÂMPERA
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O governo federal decidiu deixar para a iniciativa privada a tarefa de bancar uma refinaria de petróleo no Nordeste.
O local de instalação da refinaria vem sendo disputado entre os governadores da região.
O ministro de Minas e Energia, Raimundo Brito, afirmou ontem que a Petrobrás deverá ter, no máximo, uma pequena participação minoritária na refinaria.
Na avaliação do ministro, "não tem sentido" o governo investir num momento de abertura de mercado do setor.
"O mercado está aberto para a iniciativa privada. É só apresentar o projeto que o ministério pode aprová-lo em até quatro meses", afirmou.
Ele disse que, por enquanto, não há nenhuma empresa interessada, apenas "conversas preliminares".
A afirmação foi feita durante assinatura de convênio entre o ministério e a Unicamp e a UFBA (Universidade Federal da Bahia) para consultoria técnica da ANP (Agência Nacional do Petróleo).
A agência, que irá fiscalizar e regular o setor, deverá ser instalada dentro de 120 dias.
A Unicamp irá formular a modelagem da ANP, capacitar mão-de-obra e desenvolver estudos do setor. A UFBA fará consultoria técnica e pesquisa da superfície do país.
A universidade baiana receberá R$ 2,573 milhões para este trabalho, e a Unicamp, R$ 5,991 milhões, provenientes do Bird (Banco Mundial).
Brito espera ampliar o trabalho com outras universidades. Para ele, além de incentivar a pesquisa no Brasil, a medida tornará o custo final menor para a ANP.
O ministro afirmou ainda que a escolha dos diretores da ANP e da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica) será política, mas "com critérios técnicos".

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