São Paulo, terça-feira, 12 de agosto de 1997
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Ânderson vê simplicidade

ARNALDO RIBEIRO
DO ENVIADO A OSAKA

Herói da vitória sobre a Coréia, o atacante Ânderson, 26, faz amanhã, contra o Japão, a sua primeira partida como titular da seleção.
Ele promete jogar um futebol simples, sem tentar jogadas mirabolantes, para se firmar como parceiro de Ronaldinho.
Até então desconhecido pela torcida brasileira, Ânderson, uma celebridade na Europa, mostrou ontem que também é famoso na Ásia.
Na chegada da seleção ao Japão, foi o jogador mais festejado pelos fãs depois de Leonardo, que jogou dois anos no Kashima local.
"Sonny, Sonny!!!", gritavam. Sonny é o apelido que Ânderson ganhou no Monaco porque um de seus colegas não conseguia pronunciar o seu nome, apenas a última sílaba. Assim, "Son" virou Sonny.
(AR)
*
Pergunta - Como recebeu a notícia de que será titular?
Ânderson - Com muito entusiasmo. Será a minha real estréia.
Mas vou jogar como se estivesse no Monaco, sem inventar. Se você entra em campo pensando que vai arrebentar e fazer coisas bonitas, acaba não fazendo nada.
Pergunta - Como será jogar com Ronaldinho, a quem você sucede no Barcelona?
Ânderson - Como ele disse, nossos estilos combinam. Ele é rápido e se movimenta bem.
Pergunta - É melhor jogar com ele do que ser comparado a ele?
Ânderson - Claro. Mas não me importo com as comparações. No início da carreira, era comparado ao Jairzinho, "furacão" da Copa de 70.
Pergunta - É verdade que você desistiu de alugar a casa de Ronaldinho em Barcelona para evitar mais comparações?
Ânderson - Não. Falei com ele sobre a casa, mas não vou alugar.
Pergunta - Você mostrou ser conhecido até no Japão. O ostracismo no Brasil incomoda?
Ânderson - Não. É compreensível. Quando saí do Brasil, aos 21 anos, era desconhecido. Fiz carreira na Europa.

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