São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 1997![]() |
![]() |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Programa gasta R$ 35 mi em publicidade
MARTA SALOMON
A campanha, centralizada pelo ministro do Planejamento, Antonio Kandir, servirá para "tirar o 'Brasil em Ação' da clandestinidade", e tornar conhecidos os 42 projetos que passaram a receber atenção especial do governo na reta final do mandato de FHC. Kandir disse que o programa pode render dividendos políticos na campanha à reeleição, mas negou que os projetos tenham apenas objetivo eleitoreiro. "O nosso negócio é estimular o desenvolvimento e as decisões de investimento privado". Em entrevista no Palácio do Planalto, o ministro comparou o Brasil em Ação à URV (Unidade Referencial de Valor), lançada em 1994 como embrião do real e da candidatura de FHC ao Planalto. "A URV foi vista como lance eleitoral, diziam que a estabilidade poderia durar alguns meses", criticou, emendando: "Obviamente, na medida em que (FHC) fez um trabalho que correspondia ao anseio da sociedade, isso colaborou para o sucesso da candidatura". Coincidência Três anos depois, segundo o ministro, "novamente há uma enorme coincidência entre o que a sociedade quer e o que pode dar dividendos políticos". Ele insistiu: "Se vai ter consequência eleitoral, não nos cabe perguntar agora". A nova fase da publicidade do "Brasil em Ação" começa após o resultado de concorrência pública aberta pelo Ministério do Planejamento. A conta deverá receber R$ 7 milhões neste ano e mais R$ 28 no ano que vem. Até ontem, havia 53 interessados no edital. Kandir disse que o próprio presidente se empenharia "ao vivo e a cores" na divulgação do programa. Um relatório de acompanhamento do programa distribuído ontem lista mais de 20 inaugurações até o final do mandato. O "Brasil em Ação" foi lançado em 9 de agosto do ano passado, durante a campanha eleitoral para as prefeituras. O programa concentra investimentos públicos nas áreas de transportes e energia -obras que pretendem atrair investimentos privados ao país. Projetos na área social propõem reduzir em 50% a mortalidade infantil, assentar 180 mil famílias entre 1997 e 1998 e gerar empregos. Texto Anterior: Deputado afirma gastar salário desviado com viagens e aluguel Próximo Texto: Ato vira palanque de FHC Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |