São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 1997
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Pai contamina filhos e sobrinha

Doentes já haviam sido vacinados antes

MALU GASPAR
DA REPORTAGEM LOCAL

Algumas famílias tiveram o azar de ser contaminadas quase que inteiras pelo sarampo. O azar foi ainda maior na família de Rosemeire de Jesus, mulher e mãe de pessoas contaminadas -segundo ela, todos já haviam sido vacinados.
Segundo os médicos, a chance de uma vacina contra o sarampo não funcionar é de, no máximo, 5%.
Há 15 dias, Osmar de Jesus, 29, começou a ter os primeiros sintomas de sarampo. Na semana passada, seus filhos, Danielle, 4 e Danilo, 6, também começaram a sentir febre e a apresentar manchas avermelhadas pelo corpo, ao mesmo tempo que a prima deles, J., 6.
Rosemeire afirma que todos foram vacinados nas datas e doses certas. Ela acredita que, por isso, os sintomas não tenham sido muito fortes, mas disse que o médico não soube explicar porque as crianças pegaram sarampo mesmo tendo sido imunizadas.
Danielle teve febre, mal-estar e manchas na boca. Danilo está cheio de manchas avermelhadas pelo corpo, mas não tem febre nem dores. Eles só devem ir à escola na próxima segunda-feira. Os outros dois irmãos, que, segundo a mãe, também já foram vacinados, não pegaram sarampo.
Segundo ela, na escola dos filhos há mais casos da doença.
As irmãs Caroline de Lima Silva, 2, e Jussara de Lima Silva, 1, também trouxeram o sarampo para dentro de casa. Segundo o diagnóstico médico, as duas foram contaminadas há cerca de duas semanas. Jussara ainda tem manchas na boca, mas Caroline já está melhor. Mas, até agora, segundo o pai das crianças, Luis Carlos da Silva, 29, os resultados dos exames de sangue ainda não saíram. Silva afirma que a filha menor foi imunizada durante a a última campanha de vacinação, que ocorreu de 21 a 28 de junho.

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