São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 1997
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Ibovespa acumula queda de 8,26% no mês

VANESSA ADACHI
DA REPORTAGEM LOCAL

A Bolsa de Valores de São Paulo ensaiou uma recuperação, ontem, mas acabou fechando mais uma vez em baixa.
O Ibovespa caiu 1,16%, acumulando desvalorização de 8,26% desde o início de agosto.
Na ausência de notícias mais fortes, o mercado foi influenciado pela Bolsa de Nova York, do lado externo, e pelos vencimentos de opções e índice, internamente.
O índice Dow Jones subiu durante boa parte do dia, acompanhando a queda dos juros norte-americanos. Na parte da tarde, os juros dispararam e a Bolsa caiu.
A taxa do T-bond, título público norte-americano que serve de referência para o mercado de renda fixa, chegou a cair para 6,60% ontem, mas fechou a 6,67%.
Segundo analistas, as negociações têm ficado nas mãos dos grandes "players" (tesourarias de bancos, principalmente), em razão do vencimento de opções.
Os vendidos em opções -aqueles que ganham com a queda da Bolsa- têm pressionado o mercado à vista para baixo, vendendo papéis.
Telebrás PN foi o papel mais afetado pela pressão do vencimento de opções (as opções de Telebrás são as mais líquidas), caindo 2,17% e fechando a R$ 143,80 o lote de mil.
Hoje, acontece o vencimento dos Ibovespa futuro para agosto na BM&F. Ontem, esses contratos caíram 2,62% e fecharam a 11.800 pontos.
Câmbio
O mercado de câmbio começou o dia muito mais calmo em relação à segunda-feira, quando foi pressionado por rumores sobre mudanças na política cambial.
No período da tarde, no entanto, a forte alta dos juros norte-americanos fez o dólar futuro subir.
A alta dos juros nos Estados Unidos faz o mercado pensar na capacidade de rolagem da dívida brasileira, tanto privada, quanto pública.
Isso porque o maior rendimento dos títulos norte-americanos pode "roubar" investidores que aplicariam em papéis brasileiros.
Os contratos com vencimento em setembro e outubro ainda fecharam com queda em relação à segunda (0,01% e 0,02%, respectivamente), mas próximos das máximas do dia. Já o dólar para novembro e dezembro subiu 0,01%.

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