São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 1997
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O grupo dos sete

THALES DE MENEZES

E lá está Gustavo Kuerten em oitavo lugar do ranking. É uma posição ainda instável, sem dúvida, já que a diferença de pontuação entre o quarto e o décimo do mundo é bem pequena. Mas vale comemorar.
Quanto ao futuro, cada vez fica mais difícil para Kuerten subir. Os sete que estão na frente dele têm um jogo comprovadamente mais consistente.
A partir de agora, cada partida de Kuerten contra um desses adversários será um passo importante para provar que faz parte da turma. Abaixo, um pretensioso "mapa da mina" dos sete grandes.
Sergi Bruguera (nº7) - O espanhol mais completo. Talvez ainda não tenha voltado a ser a fera que levou dois títulos em Roland Garros, mas mostra a cada semana que está recuperado das várias contusões. Kuerten ganhou bem dele em Paris, e pode repetir o feito. Na verdade, o estilo dos dois é bem parecido, mas o brasileiro agride mais.
Yevgeny Kafelnikov (nº 6) - Com exceção do backhand, seus golpes são melhores que os de Kuerten, mas a cabeça costuma trair a estrela russa. Fica irritado com longas trocas de bolas.
Alex Corretja (nº 5) - O espanhol é talvez o melhor jogador da atualidade no saibro. Em outros pisos, encurtar a bola é a opção para tirá-lo do fundo e desestruturar seu jogo. Dificilmente vai vingar no US Open.
Thomas Muster (nº 4) - O austríaco é uma boa aposta como zebra no US Open. Quem quiser passar por ele tem de deslocá-lo na quadra. Quando recebe a bola na mão, seus drives são matadores.
Goran Ivanisevic (nº 3) - O negócio é muita concentração para tentar devolver seu poderoso saque. Se o canhão emperra, o croata não assusta.
Michael Chang (nº 2) - É eficiente e rápido, mas não é agressivo. Dá para ganhar (de novo), mas é difícil.
Pete Sampras (nº 1) - Eficiente, rápido e agressivo. Ganhar dele? Nem com reza brava.

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