São Paulo, quarta-feira, 13 de agosto de 1997
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Condenado à morte guarda de elite de Iasser Arafat

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

Uma corte militar palestina condenou ontem à morte um membro da guarda presidencial de Iasser Arafat. Outros dois guardas foram condenados a longas sentenças de prisão por traição e colaboração com Israel.
Os três, detidos semana passada, foram acusados de aterrorizar, sequestrar e matar palestinos a mando de um "país exterior". O guardas confessaram, mas seus advogados disseram que as declarações foram dadas sob tortura.
Testemunhas identificaram o sentenciado à morte como Fauzi Saualha, 21, um suboficial do grupo responsável pela proteção de Iasser Arafat. Seu advogado disse que ele apelaria da sentença.
Os outros dois guardas, identificados como Haldun Uthamneh e Taher Hamlane, foram condenados à prisão perpétua e a 15 anos de prisão, respectivamente.
Um quarto homem, um civil, também foi sentenciado a prisão (cinco anos) por acusações semelhantes.
Segundo a corte militar, os quatro detiveram vários palestinos em região próxima a Nablus (norte da Cisjordânia) para interrogatórios que envolviam tortura.
"Eles admitiram que cometeram os crimes a mando o Shin Beth (o serviço de inteligência de Israel)", disse o coronel Jihad al Massimi, chefe das investigações em Nablus.
Colaborar com Israel é considerado crime de traição entre os palestinos, apesar do acordo de paz de 1993 entre a Organização para a Libertação da Palestina e o governo israelense.
Autoridades palestinas disseram ter detido dezenas de "traidores" desde 1994, quando foram estabelecidos as primeiras áreas sob controle palestino.

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