São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997 |
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Bomba estava escondida sob almofada
CRISPIM ALVES
Ainda não está definido como Leonardo Teodoro de Castro, apontado como o responsável pela explosão, colocou o artefato embaixo da almofada. Há duas versões. Pela primeira, segundo a PF, Castro, que estava sentado na poltrona 17C (corredor), teria reclinado o encosto do banco 17D para a frente, se virado e escondido a bomba. Na segunda hipótese, o suspeito, em pé no corredor, simplesmente teria levantado a almofada. Desde o início O professor foi considerado um dos suspeitos, segundo a polícia, desde o início das investigações, ou seja, logo após o pouso do avião no aeroporto de Congonhas (zona sudoeste de São Paulo). Pelo que viu e ouviu dos passageiros no aeroporto, o delegado Pedro Sarzi Júnior, presidente do inquérito, achou melhor colher primeiro o depoimento de Castro, que compareceu à sede da PF em São Paulo um dia depois da explosão. Com os tímpanos rompidos, ele havia ficado internado no Pronto-Socorro do Jabaquara. As suspeitas aumentaram com o depoimento, considerado muito confuso pela polícia. As informações dadas por Castro, como, por exemplo, os locais onde esteve em São José dos Campos, não foram comprovadas pela Polícia Federal. Um dia após esse depoimento, agentes da PF, de posse de um mandado judicial, revistaram o apartamento de Castro. Nessa primeira vistoria, os agentes encontraram substâncias consideradas suspeitas. Por esse motivo, decidiram realizar uma nova busca, dessa vez em companhia de peritos do CTA (Centro Técnico Aeroespacial), do Ministério da Aeronáutica. Ainda no apartamento, a PF diz ter apreendido uma máquina de escrever, um revólver, munição, um pacote com 13 apólices de seguros e vários bilhetes, alguns em tom de despedida. Texto Anterior: Empresário depõe na PF sobre armas Próximo Texto: Ele é inocente, diz advogado Índice |
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