São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997 |
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Prefeito tira R$ 23,5 milhões de corredores de ônibus
MAURÍCIO RUDNER HUERTAS
A prefeitura cobra da população uma tarifa de R$ 0,90, mas repassa às empresas R$ 0,97 para cobrir os custos do sistema e as "gratuidades", como os vales-transporte e os passes escolares. A suplementação de verbas autorizada ontem à SPTrans (empresa gerenciadora do sistema) representou mais um abalo na intenção de construir pelo menos cinco corredores de ônibus prometidos. O cronograma de obras das vias exclusivas está inviabilizado. Após a posse, o prefeito Celso Pitta anunciou que entregaria a terceira fase do programa de corredores de ônibus e terminais de passageiros -iniciado na gestão Maluf (1993-96)- até o final do ano. Falta de verba Passados oito meses de sua administração, Pitta ainda luta contra a falta de recursos para terminar um corredor da segunda fase do programa, entre as avenidas Itapecerica e Carlos Caldeira Filho (zona sul), que deveria ter sido concluído na gestão anterior. Além do atraso nas obras, também o orçamento da Secretaria dos Transportes está totalmente comprometido. Já foram gastos os R$ 100 milhões previstos para subsídios, além de outros R$ 56 milhões decorrentes de dívidas herdadas da gestão Maluf. No início do ano, havia R$ 150 milhões destinados a cinco corredores, seis terminais de ônibus e quatro estações de transferência de passageiros. Etapa Fariam parte dessa etapa do programa, na zona sul de São Paulo, os corredores Rio Branco (de 22 km, entre Parelheiros e Santo Amaro); Itapecerica (de 7 km, entre o terminal João Dias e a estrada de Itapecerica) e Guarapiranga (de 9 km, entre a estrada do M'Boi Mirim e o largo do Socorro). Na zona oeste, estavam previstos os corredores Pirituba (de 9 km, entre a avenida Marquês de São Vicente e o terminal Pirituba) e o São João (de 9,5 km, entre a rua Guaicurus, na Lapa, e a praça da República). Ao todo, os novos corredores formariam 58,1 km de vias exclusivas. A SPTrans estima que por eles circulariam cerca de mil ônibus, beneficiando diariamente 1,1 milhão de pessoas. Procedimento normal Segundo a assessoria técnica da SPTrans, essa suplementação de verbas determinada pela prefeitura já era esperada e está dentro da provisão orçamentária deste ano. Esses R$ 23,5 milhões tirados do programa de corredores de ônibus não estariam atrasando o cronograma de obras, já que o procedimento de abertura da licitação e análise dos projetos não seria mesmo concluído antes do mês de dezembro. Texto Anterior: 'Remanejamento é normal' Próximo Texto: Rodízio 'eterno' depende da Câmara Índice |
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