São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997
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Sistema Telebrás será privatizado em bloco

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O Ministério das Comunicações decidiu que a fatia do mercado de telefonia celular hoje explorada pelo setor estatal -a chamada banda A- e a telefonia convencional serão vendidas em bloco.
Também foi decidido que os consórcios vencedores da banda B (telefonia celular privada) poderão participar da privatização das empresas do sistema Telebrás.
Mas o consórcio que quiser comprar uma tele (subsidiária estadual da Telebrás) na mesma região em que explora a banda B terá que optar por uma das bandas. Com isso, os técnicos dizem que haverá competitividade no setor.
A decisão foi tomada pelo ministro das Comunicações, Sérgio Motta (antes da operação em São Paulo), com técnicos do ministério e da Telebrás.
O ministério está discutindo se a Telebrás poderá ser dividida em três holdings para ser privatizada. Antes, estava praticamente definido que a divisão da empresa seria em quatro partes.
Os técnicos também não definiram se as holdings serão organizadas em áreas contíguas (mesma região).
Caso o ministério opte por áreas não contíguas, a Telesp, por exemplo, poderá ser vendida com uma telefônica do Nordeste.
Esses e outros detalhes serão definidos no dia 21 de agosto, quando os técnicos voltam a se reunir com o ministro. O governo planeja divulgar o modelo de privatização do sistema Telebrás no dia 30.
As 27 empresas estaduais da Telebrás, mais a Embratel (responsável pelas ligações interurbanas nacionais e internacionais e satélites), serão vendidas de uma só vez.
O edital para a venda das empresas será único. O governo pretende vender todo o sistema entre abril e junho de 98. O ministério avalia que o valor da Telebrás é de cerca de R$ 30 bilhões.

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