São Paulo, sexta-feira, 15 de agosto de 1997 |
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Orquestra pode ser exceção
JOÃO BATISTA NATALI
O Brasil tem uma boa tradição em instrumentos de sopro. As madeiras (oboé, fagote) e metais (trompa, trompete) em geral funcionam a contento como herança das bandas que monopolizavam a vida musical desde o século 18. Mas os violinos, violas, violoncelos e contrabaixos sempre foram bem menos brilhantes. Nesses naipes, só chegam perto de um um padrão de maior qualidade orquestras como a OSB (Sinfônica Brasileira, baseada no Rio) ou a Sinfônica de Campinas. Agora, se a orquestra que o maestro Julio Medaglia está criando e dirigirá em Manaus promete uma magnífica sonoridade, não será por causa de músicos brasileiros. Dos 18 violinos, só três foram recrutados em concursos nacionais. Os demais serão imigrantes. Só da Belarus estão chegando cinco violinos, duas violas e um violoncelo. Pela tradição musical de seus países de origem, esses músicos deverão oxigenar um panorama poluído pela mediocridade e pelo acomodamento. (JBN) Texto Anterior: Governo vive situação difícil Próximo Texto: Feira vai de Freud on-line a bolo sem ovos Índice |
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