São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997 |
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Complemento salarial salva curso de aluna
IRINEU MACHADO
"O que me salva é o complemento salarial com as metas de produção da empresa, com o que dá para pagar a faculdade e ainda sobra um pouco", disse. Adriana Ramos diz que sente revolta por ver seu ganho quase todo comprometido com o pagamento do curso. Ela faz o curso no Ceuma (Centro de Ensino Unificado do Maranhão), a única entidade particular com cursos de nível superior em São Luís. "Sinto-me um pouco prejudicada por não ter tanto tempo para estudar", afirmou Adriana Ramos, que interrompeu os estudos por dois anos em 94 para cuidar do filho recém-nascido. Apesar da falta de tempo e da cara mensalidade, ela vê vantagens em estudar em faculdade privada e trabalhar. "Na particular não há tantas greves como na federal. O fato de eu trabalhar também ajuda, porque me dá uma experiência prática que universitários que não trabalham não dispõem." O curso de Adriana Ramos termina em dezembro próximo. Com diploma na mão, ela disse que não espera grandes avanços a curto prazo. "O diploma é uma realização minha. Não faz muita diferença aqui na região. Talvez fora daqui, em outros centros. Mas o nível do curso pago é excelente, pelo menos no meu curso. Sinto até mais bem preparada do que alunos de universidades públicas", declarou. Texto Anterior: Estudantes se sentem discriminados Próximo Texto: Para alunos, ensino pago é pior Índice |
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