São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997
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Para alunos, ensino pago é pior

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Daniel Sosti Perini, 22, cursa o oitavo semestre de engenharia civil na Universidade de Brasília, a UnB.
O irmão mais novo dele, André, 20, frequenta o quarto semestre do mesmo curso.
Os dois cursaram o segundo grau em um colégio particular de Brasília e vão de carro para a universidade todos os dias, sem depender de transporte coletivo.
Os irmãos Daniel e André têm o perfil da maioria dos alunos da universidade -54% dos matriculados são homens, 74% pertencem às classes A ou B e 49% cursaram o 2º grau em escolas particulares.
Daniel Perini diz que seus pais poderiam pagar uma faculdade particular. "Mas o ensino não seria tão bom."
Sem escolha
A estudante Cinthia Thaís Thomazi, 18, diz que seu pai não poderia pagar uma faculdade particular para ela, que cursa o segundo semestre de engenharia mecânica na UnB e mora no Guará 2 (cidade-satélite de Brasília).
"Eu escolhi a universidade porque é pública e também é a única (na região) que oferece o curso. Se eu não tivesse passado, tentaria uma particular, mas aí eu teria de trabalhar."

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