São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997
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Aluna que pode não quer pagar

ANDRÉ MUGGIATI
DA REPORTAGEM LOCAL

Apesar de poder pagar por seu curso, a aluna de enfermagem da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Fernanda Laitano, 20, é contra a cobrança.
"Não sei responder por que, mas não acho certo pagar", diz. Fernanda se encaixa perfeitamente no perfil do estudante de escola federal pesquisado pelo MEC. Seus pais têm nível superior e moram na Vila Mariana (zona sudoeste de São Paulo).
Ela sempre estudou no colégio Dante Alighieri, particular. Por isso, afirma, só prestou vestibular para faculdades públicas, pois não queria que os pais continuassem pagando por seus estudos.
A aluna de medicina Viviane Vieira Francisco, 21, estuda no terceiro ano e, como a maioria dos alunos da escola, também é contra a cobrança. "A família pode pagar, mas a pessoa lutou para entrar", diz.
Apesar de sempre ter estudado no colégio Rio Branco e poder pagar pelos estudos, a aluna de terceiro ano de enfermagem, Fernanda Perez, é taxativa ao dizer o motivo de haver escolhido a Unifesp para estudar.
"É porque não é paga. Acho que se você pagou escolas caras a vida inteira para se preparar, você merece estudar de graça", afirma.

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