São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997 |
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Poder de atração; Mesma moeda; Otimismo polêmico; Intervenção dirigida; Coro na balança; Ainda por vir; Outro déficit; Celular no seguro; Público-alvo; Queda-de-braço; Nova era; Mantendo a tradição; "Risco Greenspan"; Limite incerto; Perdendo espaço; Câmbio trabalhista; Fazendo festa; Descendo a ladeira Poder de atração Os Estados nordestinos que mais atraem investimentos (Bahia, Ceará e Paraíba) são os que têm situação fiscal mais equilibrada, diz José Roberto Mendonça de Barros, secretário de Política Econômica. Mesma moeda Por isso, acredita Mendonça de Barros, os Estados começam a perceber que a "guerra fiscal" provoca ganhos, mas também perdas. Otimismo polêmico Segundo Alfredo Moraes, do ABC-Roma, "o déficit comercial do próximo ano pode apresentar melhoras e ficar abaixo do que o que será apurado neste ano". Intervenção dirigida A melhora, segundo Moraes, seria um reflexo das medidas que o governo já adotou e/ou ainda vai adotar -na linha do fim da isenção para importação de máquinas. Coro na balança Para a maioria dos bancos, porém, o déficit comercial deverá crescer em 98 e ficar entre US$ 13 bilhões e US$ 17 bilhões. Ainda por vir O déficit deve aumentar pois o processo de abertura não se esgotou e devem crescer as importações de telefonia (banda B), diz Mauro Schneider, do ING Barings. Outro déficit O que preocupa os analistas em 98 é o quadro fiscal: será um ano eleitoral e com reajuste salarial para o funcionalismo. Celular no seguro A Real Seguros lança amanhã nova produto que cobre danos externos (queda acidental), roubo ou furto de microcomputadores, telefones celulares e equipamentos médico-odontológicos. Público-alvo Para profissionais liberais e pequenas empresas, o seguro Real Equipamentos de um micro de R$ 3.000 sai por pouco mais de R$ 3,00 por mês e vale por 12 meses. Queda-de-braço Segundo o JP Morgan, duas correntes econômicas, a ortodoxa e a "new age", debatem a possibilidade de os EUA continuarem crescendo com desemprego baixo e sem provocar inflação. Nova era Para a visão "new age", a competição global restringe a liberdade de preço das empresas enquanto a revolução tecnológica aumenta a produtividade. Consequência: o crescimento não gerará mais inflação e os juros não precisam subir. Mantendo a tradição Os ortodoxos continuam acreditando que o crescimento econômico rápido e as taxas de desemprego abaixo de 5% trarão invariavelmente uma aceleração da inflação. O JP Morgan prefere essa visão e continua apostando em alta dos juros norte-americanos. "Risco Greenspan" O presidente do Fed (banco central dos EUA), Alan Greenspan, "está fazendo um teste ao manter os juros baixos e viabilizando com isso a posição de países imprudentes como o Brasil", diz o economista Paulo Nogueira Batista Jr. Limite incerto Segundo Batista Jr., os ortodoxos chegavam a calcular entre 5,5% e 7,5% a taxa natural de desemprego nos EUA -aquela que não provocaria uma alta da inflação- e influenciavam o Fed. "Hoje, nem o Greenspan sabe até onde pode ir." Perdendo espaço O fortalecimento do dólar no mercado internacional tira mercado do frango brasileiro no Japão e traz pressão de preço na China, diz Luiz Furlan, da Abef. "A Tailândia desvalorizou a moeda." Câmbio trabalhista De um banqueiro para explicar a razão de o dólar se fortalecer frente ao marco: "Quando se contrata um jovem alemão, ele indaga sobre o plano de aposentadoria; o norte-americano quer saber a política de prêmios". Fazendo festa Sergio Zappa, diretor-executivo da área externa do Unibanco, comemora o lançamento de US$ 250 milhões em eurobônus de três anos. O banco estuda fazer mais duas emissões até o final do ano. Descendo a ladeira "Captamos hoje por um 'spread' que é um terço do que pagávamos há dois anos", diz Zappa. E-mail: painelsa@uol.com.br Texto Anterior: 'Seguro' é caro, mas tranquiliza Próximo Texto: Paz tributária Índice |
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