São Paulo, domingo, 17 de agosto de 1997
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Arafat acirra o discurso e pede 'união' a extremistas

DAS AGÊNCIAS INTERNACIONAIS

O presidente da ANP (Autoridade Nacional Palestina), Iasser Arafat, rejeitou ontem o que chamou de "ordens de Israel" no tratamento com os militantes extremistas islâmicos que moram nos territórios sob seu controle.
E foi além: conclamou seus oponentes no processo de pacificação com Israel a discutirem o assunto em uma rodada de conversações de "unidade nacional".
É a primeira vez que Arafat chama à mesa de negociação grupos como o Hamas (Movimento de Resistência Islâmica) desde que o primeiro-ministro Binyamin Netanyahu assumiu o poder no ano passado em Israel -liderando uma coalizão conservadora.
Com efeito, o principal assessor de "Bibi", como o premiê é conhecido, criticou duramente o líder dos palestinos.
"Não acreditamos que esse apaziguamento com terroristas dê resultado", afirmou ontem David Bar-Illan.
"Nós rejeitamos qualquer condição", afirmou Arafat em Nablus, cidade sob domínio da ANP. Desde que um ataque suicida matou 16 pessoas em Jerusalém (inclusive dois homens-bomba), no último dia 30, Israel requisita à ANP mais esforço para conter os terroristas que se escondem em seu território.
"Ele (Netanyahu) deveria aprender com os outros quem são os palestinos. Ele deveria saber com quem ele está falando", afirmou Iasser Arafat.
A secretária de Estado dos EUA, Madeleine Albright, disse que só visita a região se houver progresso na cooperação de segurança entre Israel e ANP.
A polícia palestina prendeu ontem três jovens acusados de matar um taxista israelense em Jericó, cidade autônoma na Cisjordânia ocupada. Eles foram julgados sumariamente e condenados à prisão perpétua.

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