São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 1997
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'O vice ficará em seu lugar'

SÉRGIO LÍRIO
DA REPORTAGEM LOCAL

O presidente reeleito da CUT, Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho, 41, nega influência ao vice-presidente eleito. "Vice é vice. Vai ficar no seu lugar."
(SL)
*
Folha - O sr. sai enfraquecido?
Vicentinho - Saio feliz porque os companheiros de oposição foram tão incompetentes que se racharam em quatro chapas.
Folha - Mas o pacto de gestão não significa menos autonomia?
Vicentinho - Não existe pacto de gestão. Não existe limite de autonomia. Quem falou em pacto de gestão mentiu. Pacto por quê?
Folha - Mas existe um documento com diretrizes de atuação.
Vicentinho - Essa proposta foi apresentada por mim e havia uma comissão que estudava uma outra proposta. As duas foram agregadas. Esse documento não me limita em nada. Vou cumprir sempre o que a direção decidir. Teremos um grande secretário-geral (João Felício, dos professores de SP) e um tesoureiro (Remígio Todeschini, dos químicos do ABC) da mais alta confiança.
Folha - E a vice-presidência?
Vicentinho - Vice é vice. Não há supervice-presidência. O vice vai ficar no seu lugar.
Folha - O sr. não aprova João Vaccari Neto na vice-presidência?
Vicentinho - Para ser sincero, foi melhor ele ser vice. Porque, se fosse secretário-geral ou tesoureiro, teria muito problema.
Folha - Por quê?
Vicentinho - Porque a relação de confiança está quebrada.

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