São Paulo, segunda-feira, 18 de agosto de 1997 |
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Milão é a musa que inspira caminhadas
CARLA ARANHA SCHTRUK em MilãoPara o turista, não poderia ser melhor. Além de rica, ela é imponente. E mais: como uma musa que não oferece resistência, permite que seu pequeno centro histórico seja facilmente visitado a pé. Conhecer Milão, a segunda maior cidade da Itália e a primeira em importância econômica, é percorrer a suntuosa Galleria Vittorio Emanuele, de 1877. É também ficar extasiado ao ver o Duomo. Afinal, ali está o marco de Milão. Com 135 altíssimas torres pontiagudas, cheias de reentrâncias e pequenos detalhes, a catedral lembra um imenso bordado branco. Para observar melhor esse mundo esculpido no mármore, pegue o elevador e vá até o teto. Você vai se surpreender com uma sucessão de gárgulas, santos e estranhos formatos esculpidos por toda parte. No interior da catedral, há vitrais e mais vitrais, emoldurados por grandes alturas, como manda o estilo gótico da Idade Média. Para se enfronhar ainda mais no clima medieval, você pode caminhar por menos de um quilômetro até chegar ao Castello Sforzesco. Abrigo de uma das mais importantes famílias da Itália, os Sforza, o enorme castelo plantado no centro contrasta com a postura apressada e "urbanóide" do milanês. No primeiro pátio interno, o forte cheiro de grama e o fosso transportam o turista para um ambiente rural, como era a Milão de oito séculos atrás. No interior do castelo, um museu mostra obras que vêm sendo adquiridas pela cidade. Trata-se, principalmente, de pinturas do renascimento e do período anterior a ele. É bom saber também que, no verão, a antiga casa dos Sforza brinda o turista com algo que pode ser ainda mais especial. À noite, há espetáculos de dança e música no pátio principal, muitos deles com o corpo de balé do Teatro Scala. O preço médio é de R$ 35, com venda de meia-entrada para estudantes. Considerado um templo da ópera, o Scala, com acústica impecável, também é digno de visita. Junto com a Galleria Vittorio Emanuele e a praça do Duomo, concentra a vida social e cultural da cidade. Texto Anterior: Carnaval 'paralisa' foliões venezianos Próximo Texto: Vida noturna vai no máximo aé as 2h30 Índice |
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