São Paulo, quinta-feira, 21 de agosto de 1997 |
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Encerramentos tem músicos de "outras praias"
FERNANDO MEME
Grandes nomes da MPB já flertaram com o choro: Chico Buarque ("Meu Caro Amigo" - parceria com Francis Hime), Edu Lobo ("Choro Bandido" - dele e de Chico), Tom Jobim ("Falando de Amor") e Paulinho da Viola ("Sarau para Radamés"). O sambista Paulinho da Viola diz que não se considera um "chorão". "Sou um compositor e, com certeza, uma pessoa muito ligada ao choro." O músico é um dos responsáveis pela recuperação do prestígio do choro junto ao grande público. Nos anos 70 lançou dois discos importantes -"Memórias: Cantando" e "Memórias: Chorando"- dando nova vida a esse gênero musical. Para o compositor, "o choro tem uma importância muito grande, está muito próximo da realidade do nosso povo, pois tem muita nostalgia e lirismo. Além disso, por meio do choro nós conhecemos o maior músico brasileiro: Pixinguinha". Paulinho da Viola falou sobre seu repertório: "entre choros, valsas e maxixes, já compus 15 músicas". Na primeira noite do Chorando Alto 2, irá apresentar chorinhos próprios, como "Sarau para Radamés", "Choro Negro" (parceria com Fernando Costa) e "Coração Imprudente" (dele e de Capinam). Também irá apresentar "Chorando" (Ari Barroso), "Cochichando" (Pixinguinha) e "Numa Seresta" (Luis Americano). Outro destaque do "Chorando Alto 2" será o compositor Edu Lobo, que encerrará a noite de sábado, ao lado do seu sexteto. Ele é um dos compositores mais requintados da MPB. Suas músicas possuem harmonias elaboradas e têm muitas inversões de acordes -características marcantes do choro. Ele vai mostrar o belo "Choro Bandido", música sua, com letra de Chico Buarque, além de "Perambulando", "Pianinho", "Lero-Lero" e "Falando de Amor", uma composição inspiradíssima de Tom Jobim. Texto Anterior: Gerações e estilos de chorinho se reúnem em SP Próximo Texto: Choro, jazz e Brasil Índice |
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