São Paulo, sábado, 23 de agosto de 1997 |
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Polêmica marca duas encíclicas
ANDRÉ LUIZ GHEDINE
Elas condenavam o aborto e todos os métodos artificiais de controle da natalidade, como a pílula e o preservativo. Encíclica é uma carta, enviada pelo papa aos bispos, com a posição da igreja sobre determinados temas. A encíclica "Evangelium vitae" (Evangelho da Vida) condenava, em suas 198 páginas, todas as formas daquilo que o papa João Paulo 2º chamou de "cultura da morte". Publicada em 30 de março de 1995, a encíclica criticava o uso de preservativo como meio de contracepção. O texto (11ª encíclica lançada por João Paulo 2º em seu pontificado) também reafirma a condenação do aborto e da eutanásia. Ainda prevê a excomunhão para quem praticá-los e também para os "cúmplices" de tais atos. Ainda há na carta capítulos que tratam de embriologia e genética. A pena de morte, não rejeitada pela igreja, é aceita em casos cada vez mais raros e apenas admitida como último recurso de defesa da sociedade. Lançada em 1968 pelo papa Paulo 6º, a encíclica "Humanae vitae" (Da Vida Humana) condena todas as formas artificiais de controle da natalidade, especialmente o uso de anticoncepcionais. A "Humanae vitae", publicada em 25 de julho daquele ano, tratava também de casamento, amor conjugal e fazia um apelo aos governos para que não impusessem à população qualquer tipo de controle de natalidade. Texto Anterior: Ministro errou, diz Conselho Próximo Texto: Camelôs prometem voltar segunda-feira Índice |
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