São Paulo, sábado, 23 de agosto de 1997 |
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Irmão só o aceita em casa se ele trabalhar
ROGÉRIO PANDA
"Se ele vier morar comigo, tudo bem, mas vai ter que trabalhar para não faltar nada em casa", diz. Luz, que sofre de esquizofrenia paranóide -o que lhe causa delírios- já trabalhou como engraxate e cozinheiro. Ex-guarda da Fundação Nacional de Saúde (Funasa), Joaquim Pereira recebe hoje uma aposentadoria de R$ 480,00, dos quais 30% -R$ 144,00- são destinados à pensão da ex-mulher. Segundo ele, o dinheiro que sobra é pouco para o sustento dos dois. Joaquim saiu de Joinville ontem com destino a São Paulo para buscar o irmão. "Se não conseguirmos interná-lo, ele terá três casas para escolher", afirma Joaquim. O mais provável é que Luz Vermelha seja recebido pela família de seus sobrinhos Murici e Maciel Pereira, que mora no bairro de Rio Bonito, em Joinville (SC). As outras duas opções são a casa do seu padrasto José Pereira, que mora no bairro de Cubatão, em Joinville (SC) e na casa do próprio Joaquim que mora no balneário de Coroados, em Guaratuba (PR). Em todas as casas, um quarto foi preparado para receber Luz. Joaquim afirmou ainda estar emocionado e com medo do reencontro com o irmão. "Faz três anos que a gente não se vê, mas desde que eu tinha 16 anos (quando fugiu da casa do padrasto) a gente não se relaciona. Tenho medo que ele fique agressivo." Na última visita que fez ao irmão, Luz teria dito que queria que Joaquim viesse nas visitas de domingo, e não no meio da semana, como fazia. Joaquim afirmou que não podia. Luz disse então que ele não precisava aparecer mais, o que foi feito por Joaquim. Texto Anterior: Luz Vermelha quer Coca-Cola ao ser solto Próximo Texto: Noites viraram horas de medo Índice |
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