São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 1997 |
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'Escolhi um nome de mulher'
DA SUCURSAL DO RIO A carteirinha da Astral é o único documento que dá a Wellington Góes da Hora, 26, o nome que adotou na vida e na profissão: Diana Burlamaqui, travesti com ponto fixo na Glória, no centro do Rio."Quando me chamam de Wellington, nem olho, seja polícia, cliente ou juiz. Meu nome é Diana, é assim que eu sou. O nome que escolhi é um nome de mulher", afirma o travesti, que adotou o sobrenome em homenagem à sua musa, a atriz Paula Burlamaqui. "Já fui ameaçado com revólver por cliente, obrigada a saltar de um carro em alta velocidade. O pior é que não tenho alternativa, travesti tem que se prostituir, quem quer dar emprego a um homem que se veste de mulher?", questiona. Luísa de Lamon, ou Luís Fernandes Correia, 22, está terminando um curso de cabeleireiro. Diz que é discriminado pelos colegas e pela professora, que o obriga a frequentar o curso com os cabelos presos e roupas largas. Começou a tomar hormônios aos 16 anos e até hoje mora com os pais. "No começo eles reclamavam, mas depois que eu comecei a sustentar a casa, adoraram", afirma Luísa, que diz ganhar até R$ 120 por noite de trabalho. Texto Anterior: Travestis do Rio ganham carteirinha Próximo Texto: Vereador quer carteira no Piauí Índice |
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