São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 1997 |
Texto Anterior |
Próximo Texto |
Índice
Vereador quer carteira no Piauí
DA SUCURSAL DO RIO Travesti e vereador pelo PFL em Colônia do Piauí, no centro-sul piauiense, José Nogueira Tapeti, a Kátia Tapeti, quer levar o projeto das carteirinhas para seu Estado.Com a ajuda da Astral, Tapeti já criou até uma associação para reunir gays, lésbicas e travestis da região, o Mopac (Movimento de Prevenção e Assistência de Colônia do Piauí). Tapeti está no segundo mandato e venceu a eleição para a presidência da Câmara Municipal. Agora, pretende organizar um encontro nacional de prevenção à Aids na cidade e planeja mudar para melhor a vida dos travestis da região. "Fui mais votado do que muito homem por aqui. Sou uma pessoa de bem e acho que não pode haver tanto preconceito contra os travestis", diz Tapeti. "A gente nasceu homem e não gostou, então resolveu mudar e ser mulher." Jovana Baby, presidente da Astral, diz que a carteira tem a vantagem de mostrar a ligação do travesti com grupos organizados e indica que ele tem atividade e endereço fixos. "A carteirinha mostra que o travesti não é vagabundo nem ladrão", diz Jovana Baby. "É uma forma de ter mais tranquilidade e segurança e evitar ser extorquido ou ameaçado por policiais." A carteirinha afirma que a prostituição não é crime e recomenda discrição aos travestis que estiverem fazendo programas na rua. Texto Anterior: 'Escolhi um nome de mulher' Próximo Texto: Congresso analisa política de saúde Índice |
Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress. |