São Paulo, segunda-feira, 25 de agosto de 1997
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Museu em Paris só tem cópias

MARTA AVANCINI
DE PARIS

O acervo do museu dos Monumentos Franceses, localizado no palácio Chaillot, em Paris, é formado exclusivamente por reproduções de peças produzidas durante a Idade Média.
Concebido pelo arquiteto Eugène Emmanuel Viollet-le-Duc, que viveu no século 19, o museu pretende ser um espaço de estudo da arte medieval. Assim, sua função é essencialmente didática e de propagação da arte e da arquitetura medievais.
Viollet-le-Duc foi responsável pela restauração da catedral de Notre-Dame de Paris no século passado, considerada um dos mais importantes trabalhos do gênero já realizados.
O museu existe desde 1882. Lá são exibidas reproduções de esculturas de fachadas de igrejas e de túmulos. Ao todo, são aproximadamente 6.000 reproduções e 70 maquetes de edifícios.
Em alguns casos, há reproduções que estão em melhor estado de conservação do que os originais.
Em outros, as reproduções retratam monumentos de um modo que não podem mais ser vistos por terem sofrido modificações devido a restaurações feitas neste século.
Atualmente, o museu está fechado à visitação pública por ter sido alvo de um incêndio há cerca de um mês.
O desenvolvimento de técnicas para avaliar a autenticidade e datar uma obra de arte ao longo do século 20 inviabilizou a permanência da "indústria das falsificações".
Novas técnicas
"Hoje a circulação de obras falsas está restrita ao mercado de antiguidades. Elas raramente chegam a fazer parte dos acervos de museus", disse Claude Ritschard.
As análises incluem exames técnicos, químicos e até a intuição.
Raios infravermelhos, por exemplo, revelam desenhos apagados pelas camadas de tinta aplicadas sobre o suporte.

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